O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams

O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams
Editora: Sextante
ISBN: 9788599296943
Ano da Edição: 2010
Páginas: 156

Este é o primeiro título da famosa série escrita por Douglas Adams, que conta as aventuras espaciais de Arthur Dent e de seu amigo Ford Prefect. A dupla escapa da destruição da Terra pegando carona numa nave alienígena, graças aos conhecimentos de Ford, um E.T. que vivia disfarçado de ator desempregado enquanto fazia pesquisa de campo para a nova edição do Guia do Mochileiro das Galáxias, o melhor guia de viagens interplanetário. 

Eu adiei a leitura desse livro por muito tempo e, se eu não tivesse recebido ele de presente no ano passado, provavelmente esse tempo teria sido ainda maior. Apesar de todo mundo me mandando (sim, mandando!) ler esse livro, eu sempre achei a sinopse maluca demais e tive medo de arriscar. Mas eu arrisquei.

Nas primeiras páginas do livro a Terra está prestes a ser destruída, não que alguém tenha noção disso. A não ser Ford, um extraterrestre que está há 15 anos preso na terra, se disfarçando, e que vê nessa destruição um meio de finalmente ir embora do planeta. Ford resolve então contar tudo isso ao seu amigo Arthur Dent, que não faz ideia de que Ford não seja um humano. Apesar de alguns pontos mais interessantes, esse começo não me prendeu tanto e eu fiquei um bom tempo enrolando a leitura.

Até que a Terra foi atacada.

Sim, a Terra deixa de existir e isso não é spoiler pra ninguém. A narrativa então pula para contar o que está acontecendo com Zaphod Beebletrox, o presidente do Governo Imperial Galáctico. Essa foi uma parte que me irritou e, mais do que isso, me fez parar de ler o livro. Um ou outro ponto do capítulo teve a sacada de piadas inteligentes, mas grande parte foi um blablabla daqueles que me tiram a paciência de primeira.

Mas foi com muita coragem que eu resolvi continuar depois de um bom tempo. Arthur e Ford, após a destruição da Terra, se encontram em uma espaçonave na companhia dos Vogons, uma raça alienígena não muito simpática que tem como característica fazer péssimas poesias. Péssimas mesmo. A partir de então, com os dois amigos viajando pela galáxia, o livro já se tornou menos monótono para mim e começou a ganhar minha confiança.

O ápice mesmo é o encontro de Ford e Arthur com Zaphod em sua nave, onde também estão o robô depressivo chamado Marvin e a brilhante astrofísica Trillian. É então que uma infinidade fatos improváveis começam a acontecer. A partir do momento em que todos estão juntos não só começa a verdadeira aventura como entra em cena meu personagem favorito, o Marvin. Nunca pensei que um robô depressivo com problemas existenciais me ganharia tão fácil e, por mais bizarro que isso pareça, ele é um fofo.

Deixando meu momento "o robô depressivo é um fofo" de lado, posso dizer que muita coisa mais interessante acontece nessa parte do livro. Apesar de O Guia do Mochileiro das Galáxias ser um livro conhecido pelas sátiras, que estão claríssimas em alguns pontos, não foi o que me deixou mais instigada. É, antes de qualquer coisa, um livro de ficção, então siga a dica e definitivamente Não ente em pânico! - Vale lembrar que é um livro de 1979, ou seja, algumas imagens apresentadas podem nos parecer muito próximas da realidade, o que naquela época era ainda bem mais fictício para os leitores.  Além disso, não leve o livro tão a sério, algumas falas simplesmente são engraçadas por serem sinceras.

Achei a leitura bem fácil, principalmente da metade do livro em diante, ainda que com o exagero nonsense que por hora me irritava. Fora isso, é um livro realmente bom, cujo final me deixou com muita vontade de ler a continuação. E algo me diz que o segundo livro tem tudo para me prender mais que o primeiro. Espero estar certa.

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