Pirâmides. Magia. Deuses egípcios. Monumentos modernos. Junte tudo e você conseguirá imaginar como é esse livro. O primeiro livro das Crônicas dos Kane prende a atenção de qualquer um que tenha o mínimo interesse pela civilização antiga mais misteriosa da história.

Eu nunca havia lido livro algum do Rick Riordan - apesar de ter ouvido falar muito bem da série Percy Jackson. Resolvi arriscar, e não me arrependi. O livro começa com muitos mistérios, pessoas estranhas e acontecimentos inesperados. É impossível começar a ler e já não estar interessado na história, que é contada em primeira pessoa tanto por Carter quanto por Sadie.

Pelos personagens serem duas crianças, a leitura flui muito bem, com uma narrativa divertida e cheia de emoções. O autor usa e abusa das viagens, nos leva de Londres aos Estados Unidos, depois Egito, passando pela França e ainda há os lugares mágicos. Quando os mistérios começam a ser resolvidos, eu passei a me sentir menos presa à história e achei que o livro começaria a ficar chato. Mas é então que começam a surgir ainda mais histórias para serem contadas e ação. Muita ação.


Vi algumas pessoas comparando esse livro com Harry Potter, devido aos personagens jovens e à magia. Apesar de ser um livro cheio de encantamentos, em nada pode ser comparado com Harry Potter. Aqui não há a invenção de um mundo completamente novo, como há no universo criado por J.k. Rowling, o que existe é a adaptação dos conhecimentos sobre a mitologia do antigo Egito para uma aventura que intercala o mundo dos deuses e o mundo moderno.

Fiquei curiosa para ler o segundo livro da série - O Trono de Fogo - mas não o bastante para colocá-lo na frente das leituras que eu já tinha em mente. A Pirâmide Vermelha é um ótimo livro, com surpresas que não me deixaram dormir até terminar o livro, mas também peca em alguns momentos, em que deixa que alguns fatos se tornem previsíveis, como o destino de alguns personagens, por exemplo.