O primeiro livro do Desafio Literário 2011 tem como tema Literatura Infanto-Juvenil e a minha escolha não foi nada mais do que Alice no País das Maravilhas! É um dos livros que eu sempre tive a vontade de ler, mas nunca tinha me comprometido a ler esse clássico até então.

Alice no País das Maravilhas é um livro de Lewis Caroll, pseudônimo do professor de matemática Charles Lutwidge Dodgson. Sim, um professor de matemática escrevendo um livro de fantasia, isso me intrigou e descobri que Lewis era um grande investigador da lógica simbólica. Na minha opinião, esses estudos, aliados à uma prodigiosa imaginação, permitiram que fosse criada uma obra que, apesar de ser muitas vezes considerada infantil, deve ser lida com muita atenção.

O livro conta a história de Alice, que avista um coelho branco de colete e decide segui-lo, mas acaba caindo em um buraco que aparenta nunca acabar. Depois de muitas confusões em relação ao seu tamanho, que ora aumenta e ora diminui, Alice se encontra em um mundo fantástico e completamente nonsense, revelando a lógica do absurdo presente nos sonhos através de animais falantes, uma Rainha que insiste em dizer "Cortem a cabeça" quando contrariada e um Chapeleiro Maluco, que sempre está na hora do chá por ter brigado com o tempo, entre outros.

Ao longo da história, Alice não se cansa de questionar quase tudo que lhe é dito, apesar de algumas coisas absurdas não lhe chamarem tanto a atenção. É uma personagem não só curiosa, mas também que está em constante conflito. Alice passa a desconfiar que não é mais ela mesma, e sim outra pessoa. Além desse conflito interno, Alice vive mudando de tamanho, chegando a estranhar quando não esta grande ou pequena demais, ao voltar para o seu tamanho normal.

Foi um livro que li com muita boa vontade e muito facilmente, pois apesar de confuso, não é um livro cansativo. A trama se desenvolve e, quando percebi, já estava no fim da aventura de Alice. É um livro para crianças e adultos, mas que deve ser lido com perspectivas diferentes para cada um, pois os adultos podem ler e perceber que no livro seus paradoxos contradizem a lógica e a concepção normal do espaço e do tempo, o que é uma grande marca do livro e faz com que ele seja único, além de permitir que voltemos aos tempos de criança, viajando um pouco nesse mundo absurdo e, ao mesmo tempo, cativante.

- Nesta direção - disse o Gato, girando a pata direita - mora um Chapeleiro. E nesta direção - apontando com a pata esquerda - mora uma Lebre de Março. Visite quem você quiser quiser, são ambos loucos."

- Mais eu não ando com loucos - observou Alice.

- Oh, você não tem como evitar - disse o Gato - somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca.

- Como é que você sabe que eu sou louca? - indagou Alice.

- Deve ser - disse o Gato -, ou não teria vindo por aqui.

Esse é só um trecho de tantos outros que eu acho geniais, de qualquer modo vale a pena ler o livro inteiro. De 0 à 5, minha nota para o livro é 5 com toda certeza.